Quase tudo como antes, não fossem as traições iminentes


Não é segredo nenhum que a Cidade Jardim de Sergipe já respira o processo eleitoral de 2024, e ao que parece, algumas chapas começam a se desenhar, tendo os mesmos atores. Porém, alguns podem estar em campos divergentes. Muitos se dizem aliados, mas na política a amizade é tratada com subjetividade, conforme uma frase atribuída a um autor anônimo: “Não há aliados na arte de governar. Apenas interesses comuns”. E no jogo de interesses, o ditado popular que se enquadra na situação é: “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Nos bastidores, o ex-prefeito Ivan Leite atua silenciosamente ampliando um grupo para tentar destronar o grupo do seu ex-pupilo, o prefeito Gilson Andrade (PSD), que se mostrou forte nas eleições que disputou. A questão é: agora não é Gilson quem vai disputar, será que a força será a mesma? Ivan teve uma conversa nos últimos dias com o ex-prefeito Carlos Magno, conversa esta, classificada pelo ex-vereador Tito Magno como “proveitosa”. Segundo fontes, próximas tanto a Ivan, quanto a Carlos Magno, dão como certa uma aliança entre ambos para o próximo pleito. Movimento este, que segundo as mesmas fontes, levará alguns pré-candidatos do grupo, a traírem GA e AG, e consequentemente descerem a ladeira da Santa Cruz, tendo no pacote inclusive parlamentares da base que estão conversando nos bastidores com o ex-prefeito Ivan Leite.
Ao que parece o vereador Misael Dantas, poderá compor a chapa majoritária com o ex-prefeito Ivan Leite, dado a falta de espaço junto ao grupo hoje liderado por Gilson Andrade. Afinal, não faz muito tempo que André Moura disse que já havia um acordo firmado para que Misael fosse o vice de André Graça. No entanto, é observado por todos um distanciamento, entre o vereador Misael Dantas e o agrupamento do prefeito Gilson Andrade. Diante disso, Misael se tornou uma possibilidade tanto para composição com Ivan Leite como com André Davi, o que tem dado muito o que falar. Apesar de que muita gente acreditar que o delegado não será candidato, apesar de alguns interlocutores próximos afirmarem que o mesmo não abre mão da disputa.
Neste cenário, o caminho para o presidente da Câmara, Dr. Cristóvão Freire (MDB) compor a majoritária com André Graça (PP) ganha força, principalmente junto aos pares da casa que em sua maioria apostam na indicação do presidente. Mas como nem tudo são flores, um dos principais calos no sapato de Dr. Cristóvão Freire é justamente seu sobrinho Kaique Freire (PV), que de forma articulada, pode ser o nome que mais agrade o governo estadual, dada a sua proximidade com o Secretário-Chefe da Casa Civil, Jorginho Araújo, um dos homens de confiança do governador Fábio Mitidieri. Mas, segundo uma fonte próxima a ambos, o próprio Kaique apoia a indicação do tio na chapa majoritária e receberá em troca o apoio total de Cristóvão na reeleição como vereador e para a presidência da Câmara de Estância.
Correndo por fora, está Breno Vitor que segundo pessoas próximas ao prefeito Gilson Andrade é o nome que será indicado. Breno seria a representação real de Gilson na futura gestão, já que o prefeito o tem como um filho. Outros rumores em torno do nome de Breno é que caso o mesmo não seja o indicado para o cargo de vice, Gilson irá forçar a famosa “chapinha” a aceitar Breno, movimento este, que desagrada alguns integrantes da chapinha, especialmente a ex-vereadora Chica do Fato, já que tanto a mesma, como seu filho Álvaro já deixaram claro que não aceitam Breno e nem nenhum dos mais próximos do prefeito na chapinha, ou seja, Marta Monteiro, Ribeirinho, etc. Até o jornalista Pisca Jr foi rejeitado por alguns integrantes do grupo que hoje tem excelentes nomes para disputa, como Marcone do Carmem Prado, Beto do Botequiense, André Silva, Chica do Fato, Miguel da Shineray, Blinofi, etc. Crescem também os rumores que o prefeito Gilson Andrade articula uma chapa com secretários e adjuntos para eleger, no mínimo, dois para a Câmara de Vereadores. Há inclusive, bochichos que o Secretário de Meio Ambiente, Joubert Denner, é um dos que podem ser eleitos nesta chapa juntamente com Breno Vitor, o que daria tranquilidade aos componentes da famosa “chapinha”.

No chamado “campo democrático e popular”, que inclui PT, PV, PCdoB, PSB, PSOL e REDE, somente com a unidade é possível chegar em condições reais de disputa. O PSOL mostrou um grande avanço nos últimos dias com o entendimento entre os parlamentares do partido, Isaías Nego Bia e Evandro da Praia com o  Márcio Souza, que já começou a articular a chapa psolista. No PT, as tratativas para um entendimento foram iniciadas e a expectativa é que todo o campo interno, vereador Artur, Dominguinhos e Dudu, possam estar juntos para o pleito de 2024. Vale lembrar que os agentes políticos desse campo representam o projeto de Lula na cidade de Estância.

O AVANTE pretende lançar candidatura própria para o pleito de 2024, e o nome do professor Adalto da praia foi o primeiro nome colocado. No entanto, o presidente estadual do partido teve um encontro com Ivan Leite e o convidou para disputar as eleições pela sigla, sendo priorizado inclusive pelo fundo partidário. Ivan ficou de avaliar já que aguarda os caminhos que o PSDB irá tomar.

Outra pré-candidatura já colocada é a de Suely Barreto (Cidadania). No entanto, o Cidadania está na federação junto com o PSDB e é aí que o bicho pega. Caso Ivan Leite dispute pelo PSDB, como Suely poderá disputar a prefeitura? Ou fará composição e será a vice de Ivan? Não esqueçamos que Ivan conta com o apoio dos Joaldo’s de Itabaianinha e dos Maravilhas de Umbaúba, podendo formar um novo grupo político na  Capital Brasileira do Barco de Fogo.

Ao que parece, Estância poderá ter quatro candidaturas, dentre os sete postulantes, supondo a unidade no campo democrático e popular, ou cinco, se Ivan ou Suely saírem do partido em que estão. Vamos aguardar os próximos desdobramentos.

Por Cláudio Hiroshy

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.